PREFÁCIO
É com grande alegria que participo do prefácio desta obra, que nasce do trabalho coletivo de professores, coordenadores e formadores da Secretaria Municipal de Educação de Manaus. Ao longo de minha trajetória como pesquisadora e formadora em metodologias ativas e na abordagem STEAM, tenho constatado o quanto iniciativas como esta transformam a escola em um espaço mais vivo, criativo e conectado com o mundo real. Encontrar minhas pesquisas presentes nas referências de tantos relatos desta produção enche-me de orgulho e reforça a convicção de que a construção do conhecimento é sempre coletiva, feita de trocas, adaptações e ressignificações nos diferentes contextos educacionais.
A abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) vem se consolidando no Brasil como um caminho potente para promover a aprendizagem significativa, a autoria de educadores e o protagonismo dos estudantes. Quando integrada às realidades locais, como neste livro, a abordagem torna-se uma possibilidade de conexão com as realidades locais, gerando propósito e dando sentido ao aprender.
O grande mérito desta publicação está em revelar práticas concretas que emergem do cotidiano escolar, desenvolvidas em diálogo com os estudantes da rede municipal. Aqui encontramos projetos que não apenas articulam diferentes áreas do conhecimento, mas que também valorizam a cultura amazônica, o território e as questões socioambientais que atravessam a vida dos jovens da região. Essa integração entre currículo, território e inovação tecnológica mostra que a abordagem STEAM não é uma proposta distante, mas um caminho possível e necessário.
Outro aspecto a ser destacado é a relevância da formação continuada que sustenta as experiências aqui relatadas. O investimento no desenvolvimento profissional dos educadores é essencial para que possam criar, experimentar e ousar em suas práticas. Este livro mostra, de forma inspiradora, que quando os professores se apropriam da abordagem STEAM, eles ampliam as oportunidades de aprendizagem dos estudantes e fortalecem a escola pública como espaço de equidade e transformação social.
Convido, portanto, cada leitor a percorrer as páginas desta obra não apenas como um registro de práticas bem-sucedidas, mas como um convite à reflexão e à ação. Que os relatos aqui apresentados possam inspirar novos projetos, provocar diálogos e instigar a busca por uma educação mais investigativa, colaborativa e humana.
Parabenizo a todos os autores e todas as autoras desta coletânea pelo compromisso e pela dedicação. Ao partilharem suas experiências, oferecem à comunidade educacional um valioso repertório de possibilidades para inovar e transformar.
Boa leitura!
LILIAN BACICH