Esta obra inscreve-se no campo da História da Educação e tem como referencial teórico a Nova História Cultural. Ao longo de suas páginas, discute-se, a partir da noção de representações sociais de Roger Chartier, as representações sobre Escola Nova nas crônicas de Cecília Meireles publicadas no “Diário de Notícia” no período de junho 1930 a janeiro 1933, tomando o gênero crônica como um lugar de memória, na concepção de Pierre Nora. Também se analisou reportagens feitas por Meireles em 29 escolas do Rio de Janeiro e publicadas em novembro e dezembro de 1932. A série de reportagens foi intitulada como “Percorrendo as escolas do Distrito Federal” e apresentava as condições das escolas e práticas escolares.
Foram lidas mais de 800 páginas e selecionadas crônicas que abordassem o tema Escola Nova e elementos fundamentais para este movimento. Priorizamos o professor (formação, atuação, identidade, etc.) e a escola (espaço físico, práticas educativas, função, etc.). Assim, procuramos traçar as concepções sobre Escola Nova defendidas por cronista, uma área de batalha em favor da Nova Educação. Utilizamos os conceitos fundamentais para a Historiografia da Educação de Proust, Le Goff, Ginzburg e, em especial, de Chartier