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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA INTERDISCIPLINAR: CAMINHOS PERCORRIDOS PELO LABORATÓRIO DE GEOTECNOLOGIAS, EDUCAÇÃO FINANCEIRA E AMBIENTAL

Neuma Teixeira dos Santos
Sanae Nogueira Hayashi
Jaime Viana de Sousa

ISBN: 978-65-5889-149-9
DOI: 10.46898/rfb.9786558891499

Presentación

Minha tarefa nas linhas que se seguem é desafiadora, instigante e prazerosa. Desafiadora em decorrência da relevância do propósito comunicativo de se prefaciar um trabalho como este, fruto de um grupo de pesquisadores engajados na construção do conhecimento, no coração da Amazônia paraense. Instigante em decorrência dos temas aqui tratados e construídos a partir de uma perspectiva interdisciplinar e dos processos que regem o tripé universitário sem os quais não haveria sentido de ser: o ensino, a pesquisa e a extensão. Prazerosa uma vez que ao introduzir as primeiras palavras desta obra me faz perceber o quanto o papel universitário e o crescimento intelectual tem se desenvolvido no processo de interiorização da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA a partir de iniciativas acadêmico-científicas como essa que envolve a relação entre professores, alunos e comunidade. Dessa forma, o Campus Universitário de Capanema tem feito parte desse processo a partir de grupos de pesquisas como o do Laboratório de Geotecnologias, Educação Financeira e Ambiental – LabGEFA.
O LabGEFA é um ambiente de investigação que agrega docentes e discentes de diversas áreas do conhecimento no âmbito da UFRA, desenvolvendo trabalhos de pesquisa e de extensão em unidades de conservação, escolas, espaços formais e não formais a partir de uma visão holística e interdisciplinar. Assim, a presente coletânea organizada pelos professores Neuma Teixeira dos Santos (formação em Matemática e especialidade em Educação em Ciências e Matemáticas), Sanae Nogueira Hayashi (formação em Engenheira Florestal e especialidade na área de Biologia Ambiental) e Jaime Viana de Sousa (formação em Ciências da Computação e especialidade na área de Bioinformática) abordam, de um modo geral, temas que se voltam para a discussão sobre a extensão universitária, a educação financeira, a educação ambiental, o consumo sustentável e o ensino de ciências sem perder o foco com o contexto social e educacional em que se inserem todas as perspectivas analisadas.
O artigo “Extensão universitária”, escrito por Carlos Daniel de Sousa Vizentin, Thiago Oliveira de Souza e Jaime Viana de Sousa, aborda sobre o tripé universitário, a saber: ensino, pesquisa e extensão. Destaca-se, portanto, a importância desse tripé como ponto fundamental para que os saberes sejam produzidos, compartilhados e, além de tudo, estabeleça-se a aproximação entre universidade e sociedade. Os autores apresentam o conceito e os aspectos históricos da extensão universitária e, ainda, como esta é considerada no contexto da Universidade Federal Rural da Amazônia e sob a ótica docente e discente, presenteando-nos um retrato dessa visão na instituição.
O trabalho intitulado “Geotecnologias e meio ambiente através da aplicação da atividade de caça ao tesouro”, escrito por Deyverson Mesquita Freitas e Neuma Teixeira dos Santos, volta-se para a discussão a respeito de uma experiência educacional aplicada no contexto do ensino básico através de metodologias que envolvem a tecnologia de geoprocessamento na construção do conhecimento sobre ecossistemas de manguezais. Este trabalho, portanto, se insere numa perspectiva inovadora de se aliar recursos tecnológicos no processo de formação educacional, considerando o que preconizam os PCN a respeito de uma formação humanística e que faça sentido no contexto em que os alunos estejam inseridos.
O artigo “Metodologias interativas no ensino da educação financeira” dos autores Taynara Santos Amaral, Rafaela Epitácio de Sousa, Sanae Nogueira Hayashi e Neuma Teixeira dos Santos cumpre a árdua tarefa de discutir um tema “muito caro” no Brasil que é a educação financeira. Assim, a partir de uma experiência oriunda de um projeto de extensão, os autores relatam o emprego de uma metodologia de ensino, em sala de aula, para alunos do 6º ano de uma escola pública no município de Capanema-PA e concluem sobre a necessidade, cada vez mais cedo, de uma educação financeira em sala de aula e, assim, a formação de um cidadão capaz de lidar com o dinheiro de forma crítica numa sociedade capitalista.
“Estilo de vida minimalista e consumo sustentável”, escrito por Débora Cardoso Castro, Sanderson de Andrade Santana, Tainá Teixeira Rocha e Neuma Teixeira de Sousa, é um trabalho acadêmico-científico resultado de uma pesquisa de cunho exploratório em que os autores, além de analisarem a percepção dos alunos em relação ao estilo minimalista, desenvolveram atividades de extensão em sala de aula para a construção do conhecimento a respeito do assunto. De acordo com os autores, o tema trazido como discussão, voltado para o estilo minimalista no contexto escolar, não é recorrente. Nesse sentido, podemos dizer que a leitura desse artigo científico abre um leque de oportunidades para discutirmos e refletirmos sobre a importância do consumo sustentável a partir da perspectiva minimalista como uma oportunidade pedagógica para desenvolvermos com nossos alunos em sala de aula.
Débora Cardoso, Sanderson de Andrade Santana, Tainá Teixeira Rocha e Neuma Teixeira dos Santos apresentam o artigo intitulado “Minimalismo e consumo sustentável: uma abordagem com alunos do 6º ano”. Este é mais um trabalho que aponta a possibilidade do desenvolvimento de ações educativas para a formação do educando na reavaliação dos seus hábitos de consumo e um estilo de vida sem excessos ao consumismo desenfreado.
O artigo “Educação ambiental e o lúdico: uma experiência com jogos de tabuleiros e eletrônico”, escrito por Josinara Silva costa, Leonardo Melo de Mendonça, Neuma Teixeira dos Santos e Jaime Viana, de Sousa relata experiências de aplicação de atividades de educação ambiental a partir da utilização de jogos de tabuleiro e eletrônico no ensino fundamental II. Essa experiência foi desenvolvida numa turma do 6º ano, de uma escola da rede pública, no município de Capanema – Pará e demonstra que o desenvolvimento de atividades que aliam o lúdico ao processo de ensino-aprendizagem só traz benefícios para a formação do aluno.
O artigo “Uma abordagem lúdica no ensino de Ciências: jogo didático sobre ecossistema”, elaborado por Euller Pimentel Teixeira, Gustavo Kaê Lima Gouvea e Sanae Nogueira Hayashi, é mais um trabalho que acrescenta reflexões importantes sobre o uso de uma abordagem lúdica no processo de ensino. Os autores apresentam a aplicação de atividades voltadas para o ensino de ciências de uma forma dinâmica e que faça sentido para o processo educacional. Ademais, a aplicação de roda de conversa e de atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras, agregam benefícios ao desenvolvimento das competências e habilidades que o educando necessita para a construção do conhecimento.
O artigo “Educação ambiental: atividades de percepção com alunos do 6º ano sobre o ecossistema manguezal”, escrito por Gustavo Kaê Lima Gouveia, Vitoria Silva dos Remedios Rodrigues e Neuma Teixeira dos Santos, é mais um trabalho que descreve experiência da extensão universitária direcionada para o trabalho com a educação ambiental. O foco do trabalho volta-se para o tema ambiente de manguezal e foi desenvolvido incluindo-se vários recursos de aprendizagem como audiovisual, aplicação de Quiz e comunicação oral. Assim, fica evidente que várias estratégias de aprendizagem, com objetivos claros para a formação do aluno, trazem benefícios para a percepção do mundo que o rodeia.
O artigo “Práticas de Educação Ambiental voltadas para Resíduos sólidos: uma experiência com recursos audiovisuais e composteira”, escrito por Alexandre José Soares Reis, Ana Carolina do Nascimento Freire, Sanae Nogueira Hayashi e Neuma Teixeira dos Santos, apresenta um tema bastante caro e não menos necessário para ser discutido e debatido no ambiente educacional. O objetivo do trabalho foi relatar uma experiência de extensão universitária sobre resíduos sólidos com alunos do 6º ano de uma escola pública. Os autores concluem que as atividades de Educação Ambiental são necessárias para serem desenvolvidas no processo de ensino para formação de um aluno que se sensibilize com questões ambientais como o destino de resíduos sólidos que impactam o meio ambiente.
O trabalho intitulado “Paisagem sonora como caminho para a Educação Ambiental na Amazônia” de autoria de Robert Luan Borges Negrão e Neuma Teixeira dos Santos é mais um tema que tem ganhado espaço interessante no meio acadêmico e pode ser inserido na prática educacional para a formação de um aluno mais consciente sobre o seu contexto ambiental. Fazer a leitura desse artigo é descobrir novas possibilidades de aplicação prática no ambiente de formação escolar, levando o aluno a uma imersão em seu mundo através da observação, do olhar, da percepção, dos gestos usando o que se denomina de paisagem sonora.
O conjunto de artigos que faz parte dessa coletânea se caracteriza como ponto de reflexão sobre o processo de ensino. Os autores demonstram uma preocupação cuidadosa com variados temas que se voltam para a relação entre o homem, natureza e educação. A leitura desse livro trará, com certeza, novas possibilidades de se pensar a prática educativa e a sua relação com o meio ambiente.

Prof. Dr. Elias Maurício da S. Rodrigues

Fecha de publicación:

12 de julho de 2021 22:48:37

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