PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO BAIXO AMAZONAS
Paloma Rodrigues Siebert
Graciana dos Santos de Sousa
Tiago Henrique Rodrigues Siebert
ISBN: 978-65-5889-114-7
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147
Presentación
O livro “Pesquisas e reflexões sobre o Ensino de Ciências e Matemática na região do Baixo Amazonas” é constituído de uma coleção de 11 artigos científicos que buscam apresentar resultados de pesquisas, reflexões e relatos de experiências exitosas no campo do Ensino de Ciências, Ensino de Biologia, Ensino de Física, Ensino de Química e Ensino de Matemática. Sua organização se deu no âmbito do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará/Campus Santarém, e está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da instituição. Os resultados foram gerados por meio de ações e projetos de ensino e de pesquisa aplicados na Educação Básica e educação superior na região do Baixo Amazonas. Estes trabalhos foram aprovados por uma comissão de pareceristas com ampla experiência na área de Ensino de Ciências e Matemática.
Esta obra busca apresentar em seus capítulos discussões e reflexões pertinentes e atualizadas dos mais diversos campos do Ensino de Ciências e Matemática: políticas públicas educacionais, currículo e legislações educacionais, estratégias de ensino, educação escolar indígena, formação inicial e continuada de professores, ensino de ciências em espaços não formais, educação escolar quilombola, recursos didáticos, ludicidade, educação inclusiva e metodologias ativas.
O capítulo 1, intitulado “Levantamento das percepções de professores sobre o Ensino de Ciências nas escolas quilombolas do município de Santarém, Pará”, buscou identificar alguns desafios enfrentados com relação ao Ensino de Ciências na modalidade escolar quilombola. Ao estabelecer conexões entre a formação inicial e continuada docente e as particularidades da educação quilombola, este capítulo traz importantes contribuições para que se possa pensar e planejar políticas educacionais voltadas para as especificidades que esta modalidade apresenta.
O capítulo 2, “Ensinagem de Física no contexto da educação escolar indígena”, apresenta importantes contribuições para o ensino de cinemática a partir de um relato de uma experiência vivenciada durante as aulas para alunos indígenas da etnia Munduruku na aldeia Bragança no município de Belterra (PA). Na sequência didática executada, que integra elementos dos costumes e tradições indígenas e a formalização científica, as autoras identificaram maior apropriação do conteúdo pelos discentes, sendo esta, portanto, uma importante contribuição para o ensino de física.
No capítulo 3, denominado “Relato sobre a participação de um clube de ciências escolar na feira de ciências e tecnologias educacionais da mesorregião do Baixo Amazonas”, tem-se um relato de uma experiência exitosa acerca da participação docente e discente em um clube de ciências escolar. Versando sobre a formação em espaços não formais e a importância da aproximação da universidade com as escolas da Educação Básica, este capítulo pode contribuir para que se possa pensar na relevância dos projetos que aproximam a comunidade da academia, tanto para a formação de professores quanto para a aprendizagem científica na Educação Básica.
O capítulo 4, “Tabuquímico: uma proposta de jogo de tabuleiro para socialização, revisão e aprendizagem em química orgânica”, traz uma importante contribuição para o ensino de Química Orgânica, ao apresentar um jogo de tabuleiro desenvolvido especificamente para esta finalidade. Assume-se a relevância da ludicidade no processo de aprendizagem, sendo esta uma estratégia bastante válida no que tange especialmente a assuntos considerados complexos pelos discentes.
Ainda no âmbito da ludicidade, o capítulo 5, “Estratégia lúdica no processo de ensino-aprendizagem da Biologia no Ensino Superior”, apresenta um jogo didático desenvolvido para o ensino dos conteúdos de divisão celular para a educação superior. Novamente a ludicidade se apresenta como uma relevante estratégia de ensino, e, especificamente neste trabalho, é notável que a contribuição se dá não somente na aprendizagem de conteúdos específicos, como também no desenvolvimento de amplas habilidades e competências necessárias para a formação profissional.
No capítulo 6 é abordada a temática da educação inclusiva voltada para pessoas com deficiência visual no âmbito do Ensino de Física. Denominado “Obstáculos docentes no processo de ensino e de aprendizagem de física para alunos deficientes visuais”, este trabalho traz à tona alguns obstáculos a ser enfrentados por professores do Ensino Médio ao ensinarem física para alunos deficientes visuais. Identificar esses obstáculos é deveras importante, pois somente a partir desse trabalho é que se pode pensar em políticas públicas educacionais voltadas para a inclusão.
No capítulo 7, intitulado “Leitura da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) face ao perfil dos professores de química da rede pública estadual, Santarém, Pará”, traçou-se um paralelo entre a formação e experiência profissional docente e o conhecimento de professores acerca da Base Nacional Comum Curricular e do Novo Ensino Médio. Dado o caráter normativo deste documento, esta pesquisa traz importantes contribuições para que se possa compreender como as mudanças nos documentos oficiais que balizam a prática docente são interpretadas pelos profissionais da educação.
No que tange ao Ensino de Matemática, o capítulo 8, “Sala de aula invertida: um experimento no Ensino de Matemática”, apresenta um importante relato de experiência exitosa no qual se fez uso de recursos tecnológicos e da sala de aula invertida como estratégias no ensino do conteúdo de trigonometria. Há a descrição de uma proposta inovadora, na qual se utilizam metodologias ativas visando à aprendizagem de um conteúdo considerado de difícil assimilação pelos estudantes.
No âmbito da Etnomatemática, o capítulo 9, intitulado “O ensino da geometria plana relacionado às pinturas corporais e sua importância dentro do grafismo indígena Munduruku”, apresenta um relato de experiência sobre o ensino da geometria plana usando o grafismo Munduruku, por meio da proposição de uma cartilha como instrumento de acompanhamento pedagógico para o professor indígena. Esta relaciona o grafismo, que faz parte da cultura indígena Munduruku, com as formas geométricas planas.
O capítulo 10, denominado “Sistemas de numeração: registro de uma experiência em Clubes de Matemática”, apresenta um importante relato de atividade desenvolvida em clubes de matemática. Aproximando a comunidade acadêmica das escolas de Educação Básica, o trabalho discorre sobre práticas desenvolvidas acerca do ensino dos sistemas de numeração, sendo, portanto, uma importante contribuição para a área de Ensino de Matemática.
Por fim, o capítulo 11, “Levantamento dos desafios apresentados pelos discentes na transição do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental de Escola Municipal da Vila Curuai em Santarém, Pará”, apresenta relevante contribuição para área de Educação ao abordar a transição dos discentes do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental. O momento desta transição apresenta uma série de mudanças na vida do discente, o que pode culminar no fracasso escolar. Assim, estes indicativos podem contribuir para que ações sejam planejadas visando a minimizar as dificuldades por parte dos discentes.
Esperamos, diante da diversidade de temas trabalhados nos capítulos que seguem, que a divulgação deste material possa servir de apoio, motivação e inspiração aos nossos colegas professores da Educação Básica e superior.
Profa. Dra. Paloma Rodrigues Siebert
Profa. Ma. Graciana dos Santos de Sousa
Prof. Dr. Tiago Henrique Rodrigues Siebert
Fecha de publicación:
14 de março de 2021 14:04:00