A genômica esportiva personaliza treinos e a nutrição, com base em dados genéticos para otimizar o desempenho e a saúde. A abordagem personalizada considera genes associados às habilidades esportivas e busca implementar “exercícios de precisão”, seguindo os princípios da medicina de precisão. O objetivo desse trabalho foi investigar como a genética afeta o desempenho esportivo e destacar a importância da nutrição personalizada para atletas, visando melhorar o treinamento e a saúde adaptando dieta e exercícios às características genéticas individuais. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva, utilizando revisão narrativa da literatura. Foi realizada busca por artigos em inglês nas bases de dados PubMed/NCBI, MEDLINE, SciELO e BVS entre abril e maio de 2024. Os artigos selecionados foram incluídos na revisão após análise dos títulos e resumos. Resultados: Estudos revelam a interação entre polimorfismos genéticos e habilidades físicas de atletas, destacando genes como VDR, IGF1, MSTN, HIF1A, IL-6, BDKRB2, PPARGC1A, FTO, TCF7L2, CYP1A2, ADORA2A e MMS22L. Variantes genéticas nesses genes estão associadas ao alto rendimento em diferentes modalidades esportivas. Variações no gene ECA, como o polimorfismo I/D, influenciam o desempenho físico e a resposta ao exercício, com o alelo I associado a melhorias na resistência muscular e o alelo D associado à potência muscular. Além disso, o polimorfismo R577X no gene ACTN3 foi relacionado à composição das fibras musculares e ao desempenho físico. Adicionalmente, variantes genéticas no gene AMPD1, como o polimorfismo C34T, estão ligadas ao metabolismo energético muscular e ao desempenho em atividades de sprint/potência. Portanto, a nutrição personalizada, baseada na genética, é essencial para otimizar o desempenho esportivo. Conclusão: A pesquisa em genética e nutrição está revolucionando o treinamento esportivo, permitindo uma abordagem mais precisa e individualizada.